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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Radical", squash tem bola que pode atingir velocidade de um F-1

Presente no programa dos Jogos Pan-Americanos desde 1995, o squash é um esporte bastante popular nas academias brasileiras. Grosso modo, é como o tênis, só que em vez de dar suas raquetadas contra um oponente, o jogador bate a bolinha contra uma parede. Só aí é que o rival tenta devolvê-la, de modo a ganhar o ponto.

A velocidade é enorme. Recentemente, no Aberto dos Estados Unidos, uma bolinha atingiu 280 km/h, recorde mundial e marca semelhante a de um carro de Fórmula 1. Justamente por isso, o melhor jogador do Brasil na atualidade, Rafael Alarcon, classifica o esporte como "radical":

- Imagina uma bola a essa velocidade, sabendo que a gente vai fazer duas partidas, até três diariamente. É um esporte bem radical, digamos assim, de inteligência, pois temos que economizar o máximo possível de energia.

Alarcon ainda destaca uma outra velocidade importante no squash: a de pensamento.

- O squash é um esporte em que tamanho, peso e força não te dá vantagem. É totalmente dinâmico: um jogador alto tem dificuldade de pegar bola baixa e o baixo tem dificuldade de pegar a bola alta. A única coisa que você precisa é velocidade, tática, estratégia e inteligência, pois é preciso pensar: só se ganha o ponto depois de uma sequência de três, quatro jogadas. Não se pode dar muito ângulo para o adversário e nem chance para ele te atacar. É um xadrez com preparo físico. Você coloca um ataque só com a certeza de que, se o cara pegar, você está defendido do seu próprio ataque.


Em Guadalajara, há uma outra dificuldade, que é a altitude de cerca de 1.500 m. O ar mais rarefeito faz com que a bolinha de squash pingue mais e torne o jogo mais lento. Para minimizar este efeito, a organização do Pan optou por utilizar uma bola especial, com menos pressão. Com o objetivo de se preparar para esta mudança, Alarcon fez treinamentos no exterior:

- Estou focado só no resultado do Pan-Americano há três meses. O COB me mandou para a Inglaterra e para a Colômbia para me acostumar um pouco com a altitude e treinar com os melhores do mundo. Agora, é só conhecer a quadra daqui, me acostumar com a bola e segurar a ansiedade.